
Embora sejam considerados altamente eficientes e rápidos (quando operacionais), os cabos submarinos têm se tornado suscetíveis a problemas, como ataques, acidentes e outros contratempos. Segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), entre 100 a 150 cabos são cortados anualmente, principalmente por equipamentos de pesca ou âncoras arrastadas.
Existe ainda um risco crescente de sabotagem. Isso pode ter ocorrido em novembro de 2024, quando dois cabos submarinos foram misteriosamente cortados no Mar Báltico, no norte da Europa. Embora sem uma acusação formal, houve sugestões veladas de que o suposto incidente teria sido uma retaliação da Rússia ao apoio europeu à Ucrânia. As autoridades russas consideraram as insinuações “bastante absurdas”.
“Pense na Islândia. A Islândia tem muitos serviços financeiros, muita computação em nuvem e está conectada à Europa e à América do Norte por quatro cabos. Se esses quatro cabos forem destruídos ou comprometidos, a Islândia ficará completamente isolada do mundo“, afirmou à IEEE Spectrum o doutorando Nicolò Boschetti, da Universidade Cornell, que trabalha no projeto.
Quando o HEIST da OTAN começará a funcionar?

Com o comprido nome “Arquitetura híbrida espacial-submarina garantidora da segurança da informação das telecomunicações” e a estranha sigla HEIST em inglês, o projeto está sendo desenvolvido por equipes das universidades de Cornell, Johns Hopkins, Bifröst, e de Defesa Sueca, além do Instituto de Tecnologia Blekinge, ETH Zurique, Marinha Real Sueca, governo islandês e diversas empresas privadas.
A princípio, o Starlink, serviço de internet via satélite desenvolvido pela SpaceX, que já fornece uma grande quantidade de serviços de internet baseados no espaço, foi cogitado. Mas a perspectiva de colocar essa área global tão significativa e sensível sob a guarda de um único indivíduo (Elon Musk), não foi considerada apropriada pelos gestores.
Se tudo correr conforme o cronograma, um protótipo funcional do sistema poderá ser entregue em dois anos, embora algumas equipes prometam testes do equipamento ainda em 2025. “Estamos montando peças do quebra-cabeça e tentando criar esse novo ecossistema massivo”, disse o diretor nacional da OTAN para o HEIST, Greg Falco, à plataforma Cornell Chronicle.
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